terça-feira, 23 de abril de 2013

Rosemary Noronha e Marisa

Fala Marisa !

Cada vez que leio sobre os escândalos envolvendo Rosemary Noronha, a "Rainha da cocada preta" como bem disse Dora Kramer, me pergunto:
Como tem reagido a nossa ex-primeira dama frente as acusações da Policia Federal?
Como ficaria uma mulher se soubesse que há uma outra que por determinação oficial do cerimonial do Palácio, quando ela  se ausenta nas viagens, essa outra tem autorização de se engajar na comitiva? Que essa mulher que viaja com seu marido quando ela não está junto, tem permissão para  entrar na cabine particular do avião e ao sair avisa: " O chefe não quer ser incomodado".
Que essa mulher desfruta de mordomias como por exemplo, usar o carro oficial para ir ao dentista, ao médico e à restaurantes?
Que Rosemary também se esbalda em trafico de influência e que já esteve até hospedada na embaixada brasileira em Roma, no chamado "quarto vermelho" que normalmente é ocupado por presidentes ou ex-presidentes?
O que realmente sente Marisa quando está sozinha, no canto do seu quarto ou se olhando no espelho?
Será que ela já sabia e e fez de conta que ignorava?  Será que fechou os olhos por conveniência e preferiu seguir com a idealização de um casamento perfeito?
Será que ela fez que não acreditava nas acusações alegando que isso tudo é invenção da Polícia, da oposição, dos invejosos e fofoqueiros?
Ou será que ela sozinha com Lula lhe cobrou a verdade e lhe jogou na cara os anos da sua fidelidade e lealdade, até nos casos em que ela acreditava serem escabrosos, e o fez  entre palavões impublicáveis e levantando a voz e armando um barraco?
Será que sua raiva maior é de ter sido supostamente traída ou de tudo ter vindo a tona e ela hoje ser motivo de chacota?
Só saberíamos a resposta se Marisa resolvesse virar Hilary Clinton que com sua desfaçatez e frieza calculada foi a público dizer que perdoava seu Marido.
Só saberíamos se Marisa que nunca falou, falasse...
E falasse de si uma vez na vida, falasse sobre ela mesma, mostrando sim, que ela existe e não é apenas uma sombra triste de um homem que aparentemente nem com ela, conseguiu ser leal.

Jaqueline Beloto escritora

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